Um empreendedor tecnológico Moçambicano quer transformar água do mar em água potável para acabar com a críse de abastecimento de água em Maputo

Abel Viageiro, um Jovem formado em Engenharia Química na UEM, fundador de uma “startup” (empresa jovem) de alta tecnologia, com expertise em Internet das Coisas Industrial (IIoT), inteligência artificial industrial e Modernização da Gestão de Sistemas de Abastecimento de água e saneamento, já é bastante conhecido pelos principais intervenientes no sector de águas e saneamento em Moçambique (presidentes de Conselho de Administração (os PCAs) das entidades proprietárias ou gestoras de sistemas de abastecimento de água (FIPAG, AdeM) que se mostram sempre receptivos para soluções que visem melhorar o serviço aos seus clientes e consumidores de um modo geral, os principais Gestores e técnicos diretamente envolvidos nos desafios do dia-a-dia (FIPAG, AdeM, AIAs, FPAs- fornecedores privados de água). 

As suas inovações tecnológicas orientadas para o sector de águas, já foram destaque no telejornal da STV, a nível nacional e no programa Moztech, ganharam premio “Inovação” no  concurso  “Knock-out Competition”, promovido pelo programa Holandês via Water em Maputo, um concurso que decorreu em diversas etapas ao longo do ano 2016 com vista a ajudar no desenvolvimento de ideias de negócio inovadoras e que culminou com a identificação de uma ideia vencedora – tendo vencido com a proposta para a “Modernização da Gestão de Sistemas de Abastecimento de água em Moçambique com tecnologias de ponta”, sua “startup” esteve entre as 10 melhores  escolhidas para o Seedstars Maputo 2016, e ficou entre os vencedores na 3a posição.

Com a ajuda do CRA (Conselho de Regulação do Abastecimento de Água (CRA) em Moçambique),  que convidou os “stakeholders” (intervenientes) do sector  (FIPAG, AdeM, AIAs) a participarem numa sessão de reflexão sobre as novas tecnologias que podem concorrer para a resolução de desafios que as entidades proprietárias ou gestoras  de sistemas de abastecimento de água enfrentam, que teve lugar no lugar na sala de Conferências da Unidade Técnica e de Informação do CRA, entre as 10:00 e 12:00 horas do dia 28/02/17, apresentou soluções baseadas em tecnologias novas e inteligentes para:

(i) redução e controlo de Perdas nos Sistema de abastecimento;

(ii) Optimização das redes de abastecimento de água;

(iii) leitura automatizada de contadores analógicos e novos dispositivos inteligentes conectados (contadores inteligentes a serem produzidos em Moçambique );

(iv) facturação por períodos de consumo variáveis e curtos e

(v) respectivo pagamentos por meios electrónicos, particularmente, celular.

Veja o panfleto resumo que foi distribuído nesta  sessão de reflexão sobre as novas tecnologias:

Em Português (Clique no link para abrir o documento)

Vamobi Net_Modernização da Gestão de Sistemas de Abastecimento de água em Mocambique – Digitalização do sector 

Trifold leaflet in English

Vamobi Net_Modernization of the Management of Water Supply and Distribution Systems – Digitization of the Water Sector_Internet of things and Artificial Intelligence

Nesta sessão de reflexão, Abel Viageiro propôs a Servitização para o sector das águas e saneamento: um novo modelo de negócio para as empresas de alta tecnologia, que pode viabilizar a colaboração do tipo “entidades proprietárias de sistemas de abastecimento de água” (FIPAG, AIAS) -empresas privadas de alta tecnologia – para a modernização da gestão dos sistemas de abastecimento de água e saneamento – com a adopção de tecnologias novas e inteligentes e novos modelos de negócio que poderão acelerar o alcance do objectivo 6 de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 em Moçambique : Assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todas e todos.

Veja o panfleto resumo (Clique no link para abrir o documento):

A servitização – sector de águas e saneamento em Moçambique – Vamobi Net

Este modelo  irá promover a melhoria da qualidade, eficiência e sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais em Moçambique, ao apoiar a construção e renovação das respetivas infraestruturas em todo o território Moçambicano, com investimento privado e novas formas de parcerias locais e internacionais não apenas contar com a boa vontade de doadores (parceiros de cooperação) – o sector precisa de investimentos e não apenas de doações que não vão nos levar a lado nenhum – apenas soluções paliativas e não acelera o alcance do tão alemejado objectivo para o bem da população – água e saneamento para todos!.

O abastecimento de água em Moçambique ainda está aquém do desejado devido a vários factores, com destaque para problemas de armazenamento e deficiente sistema de reaproveitamento. Para reverter a situação, o Governo precisa de cerca de cinco mil milhões de dólares americanos para a reabilitação de infra-estruturas de retenção.

Como parte de sua paixão profissional de procurar e desenvolver soluções tecnológicas para o sector de abastecimento de água e saneamento em Moçambique, Abel Viageiro propõe desenvolver para o contexto local tecnologias de dessalinização com energias renováveis.

Veja abaixo a Ilustração de como será a “instalação de produção de energia renovável e dessalinização por osmose reversa usando membranas de nova geração, para reduzir de forma significativa os custos na produção de água potável e proteger o ambiente com uma gestão moderna de todo o processo . 

Identificação do Projeto

As previsões mais recentes, em relação à “crise” da água na região de Maputo, apontam que a barragem dos Pequenos Libombos continuará muito abaixo da cota normal e se não chover nos próximos tempos, Maputo poderá ficar sem água potável.

Há a necessidade de usar meios alternativos para reforçar a capacidade do abastecimento da água à Cidade de Maputo

Ate 2029 estimase que Maputo vai ter quase 4 milhões de habitantes e  poderá vir a sofrer com a escassez de água potável mais grave do que atualmente, afetando praticamente toda a região de Maputo, e sobretudo as zonas peri-urbanas onde se encontra a maior da população de baixa renda (80 % dos residentes )  que mais sofre com a situação da crise no abastecimento, a menos que haja uma redução da procura e/ou o desenvolvimento de novas fontes de água potável.

Face ao atual panorama regional de escassez de água potável, devido às alterações climáticas, deficiente gestão e exploração dos recursos hídricos e crescente procura de água para a agricultura, consumo doméstico e industrial, não podemos apenas confiar na sorte em si – as “mudanças climáticas reverterem”, os nossos vizinhos deixarem a água vir a Moçambique nos termos acordados  – é preciso procurar por alternativas.

A dessalinização da água do mar apresenta-se como uma solução segura e confiável para fazer face a este problema, graças aos avanços tecnológicos mais recentes.

A aposta de Abel Viageiro é concentrar inicialmente as soluções a desenvolver em  “instalações modulares de baixo custo”  para entrada no mercado e  estará direcionando ao potencial cliente AdeM, a quem a Água processada poderia ajudar a acabar com a crise de água.

A abordagem não se limita a capacidade de produção para suprir deficit de água em tempo de crise, mas enfatizamos um projeto piloto com volumes razoáveis para alterar o actual cenário de abastecimento em pelo menos um dos Centros Distribuidores.

O sistema será modular, com  PV-capacidade de 70 kW  por modulo a um máximo de 100 kW. A capacidade fotovoltaica instalada aumentará linearmente com a escala do sistema de dessalinização, com o aumento do volume de água potável a produzir para o potencial cliente (Servitização).

Explorar as soluções tecnológicas ao benefício da população é a paixão de Abel Viageiro, e vai continuar com os seus esforços para vender as soluções aos nossos gestores de coisa pública, presentes e futuros dirigentes (que vão resultar do sucesso na descentralização e com a paz efetiva) para apostarem na adopção das inovações tecnologicas e tecnologias novas e inteligentes – implementações a favor do bem da população – para acabar a pobreza de água em Maputo e em Moçambique no geral.

Um piloto bem sucedido do projeto de dessalinização da água do mar, abrirá caminhos para “não se depender muito da água chuva” – a crise no abastecimento 2017 e 2018 deve servir de lição para apostarmos na inovação para uma melhor gestão dos recursos hídricos – resolver grandes problemas e ajudar a melhorar vidas.

O Presidente Nyusi apela à mobilização dos moçambicanos para desenvolvimento do país – como técnico Moçambicano, Abel Viageiro está tentando fazer a sua parte para acabar com a pobreza de água e saneamento em Moçambique  – num sector em que está a encontrar muitas barreiras no caminho que escolheu – “inovações tecnológicas“.

Autor: Abel Viageiroempreendedor exponencial 

Segundo Steven Kotler, um empreendedor exponencial é alguém que utiliza e se baseia em tecnologia de aceleração exponencial para desenvolver um negócio startup. Estes empreendedores usam tecnologias como as de sensores de rede da internet das coisas (IoT), inteligência artificial (AI), robótica, biologia sintética e impressões 3D para gerar curvas de crescimento exponencial em seus negócios Startups. Além disso, eles usam ferramentas psicológicas exponenciais, ou seja, maneiras de pensar em escala, estados de fluxo e outras coisas que permitem aos empreendedores ampliarem seu jogo mental. Tais empreendedores também usam o poder exponencial das multidões, com crowdsourcingcrowdfunding e construção de comunidades, que permitem o acesso ao capital e a experiência para que realmente aumentem o crescimento mais do que nunca. Somadas estas três abordagens exponenciais fazem toda a diferença.

 

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