Crise de água = Política ou gestão?
“A falha está na gestão. O problema não é de ordem técnica, mas político-administrativa”
“O problema de Moçambique é que o Estado é fiscalizador dele mesmo”
“decentralização centralizada” – FIPAG, AIAS (Clique para ler sobre os desafios)
Tradução adaptada e contextualizada abaixo
“decentralização centralizada”
Os Governos centrais estão cada vez mais cientes das suas limitações e a necessidade de aumentar o papel dos Governos locais, sociedade civil, e o sector privado. A dificuldade para países como Moçambique é que os Municípios começaram apenas recentemente a surgir (Serviços autónomos Municipalizados de Abastecimento de Água e saneamento) e eles estão dependentes de recursos das entidades centralizadoras (FIPAG, AIAS) assim como as entidades centralizadoras (FIPAG, AIAS) dependem de doadores externo (external aid). Do mesmo modo, o sector privado local e as organizações da sociedade civil estão ainda na sua infância em termos de capacidades. Os autores locais poderão ter de repetir os erros das entidades centralizadoras (FIPAG, AIAS) de modo a aprender a trabalhar de forma efectiva. Mas temos tempo para tal?
Qual será o modelo “dominante na gestão dos sistemas” quando o “Pacote sobre a Descentralização” tiver sido aprovado, implementado e a Paz efectiva alcançada?
A experiência mostra que “external aid” (doações) – depende da boa vontade e pode ser retirado – a modernização torna os sistemas eficientes operacionalmente e economicamente – a ponto de investimento privado ser possível captar (novos modelos de parcerias) para garantir a provisão de serviços públicos de abastecimento de água pelos governos locais pode ser mais viável e abrir espaço para a adopção de inovações para o bem da população local.
O actual modelo de “decentralização centralizada” do sector de água e saneamento tem pouco espaço para “transparência” e “adopção de inovações para o bem da população”
Depende da vontade politica e gerencial (do centralizador ou dos que estão no centro e no controlo)!
Este e o maior problema da “decentralização centralizada” no sector de águas e Saneamento.
Os fundamentos que levaram a adopção deste modelo em Moçambique já não são justificáveis, no contexto dos avanços tecnológicos mais recentes que permitem que inovadores possam contribuir com soluções para a “Modernização da Gestão dos Sistemas” para tornar os sistemas eficientes, sustentáveis e economicamente viáveis, a nível nacional, com tecnologias de ponta.
Atualmente, quase nenhum sistema produz mais do que gasta! – elevados níveis de ineficiência operacional.
A resistência a mudança, o poder e controlo que a “decentralização centralizada” confere serão os maiores impedimentos a adopção de soluções para a “Modernização da Gestão dos Sistemas”.
A ineficiência beneficia a quem?
A seca na região Austral de África vai provocar o agravamento das restrições no abastecimento de água na cidade de Maputo e arredores.
“A Seca Tem Solução: Poupança e Boa Gestão!”
A solução para os problemas da quantidade de água está na redução radical da procura e gestão integrada do controle e redução das perdas de água e do uso de energia elétrica e não no aumento da oferta através de investimento em infraestruturas com elevados custos financeiros e energéticos.
Precisa-se adoptar novas tecnologias para uma gestão eficiente e eficaz para o bem da população!
Já imaginou como é que era a gestão do sistema de abastecimento de água há 100 anos atrás quando não havia Tecnologias de informação e comunicação?
Infelizmente, a gestão dos nossos sistema não se encontra modernizada. É como os sistemas a 100 anos, com o agravante de que os sistemas são mais complexos e a rede extensa e os desafios acrescidos pelos contexto como ilustrado abaixo – onde 80% da população vive e precisa de um serviço de abastecimento de água de qualidade – que satisfaça a demanda de uma população cada vez mais crescente!
Com as tecnologias novas e inteligentes, a gestão da demanda e a planificação da conservação da água é possível no contexto acima – pagamentos mais apropriados para clientes e consumidores de baixa renda da água com rendimentos irregulares ou erráticos são cruciais! (a maior parte tem rendimentos de actividades no sector informal) – também precisa-se plataformas baseadas nas novas tecnologias.
O gráfico abaixo mostra percentagem de água não contabilizada para vários sistemas de Moçambique (Maputo/Matola – o primeiro a esquerda)
Política de Águas, aprovada em 1995, revista em 2007 e 2016,que no âmbito do abastecimento de água e saneamento traça,entre outras,as seguintes linhas:
- atingir as Metas de Desenvolvimento Sustentável, acesso universal do abastecimento de água e saneamento.
- satisfação das necessidades básicas da população mais pobre,com objectivo da redução da pobreza,procurando sempre uma situação de sustentabilidade;
- a valorização da água não apenas como bem social e ambiental,mas também como valor económico que detém;
- a concentração do Governo na definição de prioridades, padrões, regulamentação, regulação e promoção do sector privado;
- desenvolvimento de um Quadro Institucional que concorra para a gestão da água como recurso e provisão de serviços de abastecimento de água e de saneamento descentralizados e autónomos, onde o sector privado é chamado a participar
A adopção de Novas tecnologias será necessária para acelerar o alcance do almejado objectivo: “Assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todos”.
Os “
e tornar os pagamentos de água mais apropriados para os clientes e consumidores de baixa renda, com rendimentos irregulares ou erráticos, por meio sistemas de facturação por períodos variáveis e curtos e pagamentos através de dispositivos moveis (celulares que qualquer tipo e outras modalidades).
Autor: Abel Viageiro, empreendedor exponencial
Segundo Steven Kotler, um empreendedor exponencial é alguém que utiliza e se baseia em tecnologia de aceleração exponencial para desenvolver um negócio startup. Estes empreendedores usam tecnologias como as de sensores de rede da internet das coisas (IoT), inteligência artificial (AI), robótica, biologia sintética e impressões 3D para gerar curvas de crescimento exponencial em seus negócios Startups. Além disso, eles usam ferramentas psicológicas exponenciais, ou seja, maneiras de pensar em escala, estados de fluxo e outras coisas que permitem aos empreendedores ampliarem seu jogo mental. Tais empreendedores também usam o poder exponencial das multidões, com crowdsourcing, crowdfunding e construção de comunidades, que permitem o acesso ao capital e a experiência para que realmente aumentem o crescimento mais do que nunca. Somadas estas três abordagens exponenciais fazem toda a diferença.